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Como lidar com meu filho adolescente?
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Lidar com um filho adolescente não é tarefa fácil. É preciso entender essa fase, tão importante para seu desenvolvimento, ouvi-lo, apoiá-lo, colocando os limites necessários para que ele vivencie as experiências que precisa, mas com respeito e segurança.

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Adolescência: nossa primeira crise de identidade

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Segundo a OMS, a adolescência começa por volta dos 14 anos e vai até os 21, aproximadamente. 

Durante esse período, o menino ou a menina estão vivenciando grandes transformações, que mudam sua visão de mundo. Há um conflito grande entre não ser mais criança, mas também ainda não ser um adulto.

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É um momento de mudanças: hormonais, psicológicas, amadurecimento cerebral; o corpo está mudando e há muitas questões químicas e biológicas acontecendo.  

Além de tudo, existe uma pressão enorme, tanto por parte dos adultos quanto por parte dos outros adolescentes, para tomar decisões, que muitas vezes, não estão preparados.

Decidir a profissão, prestar vestibular, namorar, experimentar ou não bebidas, não fumar, não usar drogas, são apenas algumas das pressões que colocamos, sem perceber, nos adolescentes. São muitas imposições para quem está tentando se conhecer e tentando saber o que está acontecendo com o corpo, com as mudanças, com as expectativas que a família, escola e amigos colocam sobre ele.

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Nesse momento, todos nós vivemos nossa primeira crise de identidade, e ela é caracterizada, de forma geral, por se contrapor a figuras de autoridade, como pais, professores, ou até mesmo a política, a religião, entre outras.  

O famoso “do contra” se afasta dessas figuras e quer experimentar as experiências da vida. 

Fazer parte de grupos de adolescentes é essencial para que eles se identifiquem uns com os outros. É natural que eles deixem de se identificar com a família e criem barreiras, contrariando pais e/ou outros familiares. 

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Com essa identificação fora de casa, o adolescente começa a sair e a passar mais tempo com os amigos. Mas pais: fiquem tranquilos. Essa é uma fase normal e essencial para o desenvolvimento do seu filho. Ele vai voltar para você!

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Pais autoritários

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Acostumamos a ter a presença de uma criança amorosa, companheira, e pode ser muito difícil lidar com essa mudança de comportamento. 

Podemos acreditar que esse filho não nos ama como antes. Mas a verdade é que ele só precisa passar por essa fase, para entender um pouco mais sobre si mesmo e sobre o mundo. Você vai precisar de paciência e estabelecer limites mínimos possíveis.

O sofrimento ao ver um filho se afastando e o entendimento de que não temos o controle sobre ele, como antes, pode nos tornar pais autoritários, tentando impedir que esse jovem vivencie experiências necessárias nessa fase.

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Acredite: é impossível controlar o outro. Não fiquem feridos, pois, esse é só um processo! Ele(a) continua te amando, mas precisa também de momentos distantes. E você precisa se adaptar. 

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Nós, pais, precisamos aprender a ser flexíveis. Ter o jogo de cintura necessário para entender que aquele filho da infância, não existe mais. A forma de lidar com esse “novo filho” precisa mudar, e precisamos buscar ferramentas para isso. A mudança acontece tanto com os pais quanto com os filhos. Todos amadurecem nesse processo. Junto com o adolescer nasce os pais do adolescente.

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Pais: talvez esse momento seja uma oportunidade de cuidar mais da vida sua pessoal. Os filhos exigirão menos tempo de você, mas continuarão exigindo atenção, orientação, compreensão e flexibilidade.

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Pais permissivos

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Ser autoritário com seus filhos pode deixá-lo ainda mais distante. Mas, o equilíbrio entre a “permissão” e o “autoritarismo” também é importante.

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À medida que ele vai crescendo, precisamos continuar modelando esse adolescente, ensinando o que é certo e o que é errado. Fazendo nosso papel de pais: orientando, protegendo e também colocando limites.

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Ele vai fazer escolhas, cair, sofrer, errar e precisamos deixar que isso aconteça. Mas existe o “mínimo aceitável”. E quem define isso, é a família.

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Para entender esse limite, é preciso entender as necessidades desse jovem. Da mesma forma, ele também precisa entender a necessidade e a preocupação dos pais. 

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Por isso, converse, explique e mostre que ele é importante para você.

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Por exemplo: 

  • Ele quer usar o celular na mesa durante as refeições? Caso seja contra, pode estabelecer que ele não use. 

  • Ele não quer comer com a família em todas as refeições? Negocie! Peça para que ele esteja com você, ao menos em duas refeições por dia. 

  • Ele sai o tempo todo? Combine para ele estar ao menos aos domingos com a família.

  • Quer que o namorado ou a namorada durma na sua casa? Qual é o seu limite sobre esse tema?

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Lembre-se: negocie conforme o que for confortável para você, e explique que ambos estão abrindo mão, cedendo um pouco.

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Precisamos estar atentos, mas não pode ser uma opressão. O ideal é que seja uma atenção educativa e preventiva. 

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O papel dele sempre será ultrapassar os limites. E o seu, é colocá-los. É exaustivo, mas é possível.

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Ah! E não sinta culpa por colocar esse limite. Ser pai/mãe é um desafio. Tenha em mente que não é possível acertar sempre nem fazer com que ele(a) nunca sofra. Mas podemos criar seres humanos fortes, que saibam tomar decisões e que confiem em nosso direcionamento. Isso já vai fazer grande diferença em sua vida. 

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Lembre-se que seu papel é amá-lo, e dar amor não é dizer "sim", ao contrário, é dizer "não" na maioria das vezes. 

O "não" é necessário para que ele não sofra na vida e  consiga suportar as frustrações que a vida nos impõe (e que sabemos que são muitas).

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Adolescer é florescer

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É comum ouvir a expressão “aborrescente”, mas é importante lembrar que adolescer é florescer.

Um adolescente  bem-humorado, curioso, questionador, tem muitas ideias e muitas vontades.

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Temos também os adolescentes mais introspectivos. E aqueles ansiosos e deprimidos, que aumentaram muito nos últimos anos.

Há os adolescentes , que choram muito, os agressivos, com alterações bruscas de humor, o que também é esperado para a fase. Ele vai querer ser o dono da razão e pode até falar coisas muito duras e fortes. Isso pode ser um sintoma de que ele não está conseguindo lidar com esse momento.

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 A infância reflete muito na adolescência

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Se, quando criança, ele nunca teve amigos, dificilmente conseguirá tê-los na adolescência. 

Problemas de relacionamento na infância, como timidez e/ou dificuldades de adaptação ao grupo, pode trazer consequências como dependência de redes sociais ou videogame. 

Mas fique atento: esse padrão de comportamento, muito quieto e isolado, passando muito tempo no quarto, somente jogando, normalmente, pode esconder um quadro de depressão e/ou dependência. 

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As consequências da pandemia 

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Desde março de 2020, com a disseminação do novo coronavírus pelo mundo, estamos vivendo momentos de sofrimento, de luto e de adaptações que sequer havíamos imaginado.

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Mas, dentre as faixas etárias, posso dizer que o adolescente é o mais prejudicado.

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As crianças continuam brincando dentro de suas casas e terão mais tempo para viver a infância. O idoso sofre com a solidão, mas já passou por várias outras frustrações na vida. O adulto também consegue se adaptar, por mais doloroso que seja.

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Não quero diminuir o sofrimento de adultos, crianças e idosos, mas o adolescente ainda não tem esse repertório, e é justamente nessa fase da vida, necessário ter novas vivências, socializar-se e criar, aos poucos, a estrutura necessária para lidar com momentos como esse.

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São anos importantes de sua formação que, infelizmente, não voltam.

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Por isso, por mais difícil que seja, é importante que os pais estejam presentes, não apenas fisicamente, mas também apoiando e fortalecendo esse adolescente. Mesmo com todos os desafios que essa fase dos filhos nos impõe.

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Ninguém nasce preparado para ser pai e mãe de um adolescente

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Em uma fase tão difícil, é importante se fortalecer, trocando experiências com outros pais, amigos, familiares, lendo, estudando, vendo filmes e, acima de tudo, refletindo sobre o modelo de pais que você teve. É muito provável que você esteja repetindo esse modelo e, na maioria das vezes, vale (ou precisa) ser revisto. 

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Dessa forma, conseguiremos as ferramentas necessárias para criar um vínculo afetuoso, com respeito e com limites.

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Indicação: Adolescência “Quem ama educa” - Içami Tiba

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Içami Tiba estudou profundamente a adolescência. Com vários livros sobre o tema, sugiro que, caso queira se aprofundar no assunto, comece com “Adolescência”.

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Nele, conseguimos entender mais sobre a importância de ter regras e, principalmente, de como colocar essas regras.

Espero que você consiga levar o seu mundo para um lugar mais próximo do universo do seu adolescente, e que seja uma troca de aprendizado, descobertas e amor.

Atendimento On-line 
Tel: (11) 9.9893-9024

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© 2020 por Bianca Amarante. Orgulhosamente criado e adaptado com Wix.com

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